A morte do ditador cubano Fidel Castro serviu como peculiar teste para as convicções democráticas daqueles que ainda se reivindicam de esquerda no Brasil.
Dito prontamente: a democracia é o grande dogma da nossa época. Encerramos debates afirmando que a proposta concorrente não seria democrática. Justificamos a legitimidade de qualquer decisão dizendo que ela foi tomada democraticamente.
Na atual conjuntura político-econômica é oportuno pensar o que devemos – e o que não devemos – cobrar das instituições e dos seus agentes.
Seja o leitor mais afeito ao livre trânsito entre países, seja o leitor mais amigo de fronteiras fechadas, o fato é que no mundo em que nós vivemos e que poucas vezes se confunde com o mundo em que vivem os jornalistas, todos os países têm algum tipo de política de estrangeiros, de cuidado com suas fronteiras.
É muito difícil analisarmos os efeitos da reeleição para os cargos do Poder Executivo com base em dados. A democracia brasileira é um fenômeno recente e a instituição da reeleição é mais recente ainda.
À certa altura do documentário “Pobreza S.A.” o vocalista Bono Vox afirma que o livre mercado faz mais para tirar as pessoas da pobreza do que a ajuda humanitária. No entanto, continua Bono, “precisamos ajudar cada vez mais”. Essa contradição está no centro daquilo que o filme produzido pelo think tank Acton Institute chama de “indústria da pobreza”.
"Sem os partidos”, vaticinou Gilberto Amado, em Eleições e Representação (1931), “a representação proporcional é um aparelho morto, uma usina parada. Será uma construção aérea, um castelo oco erguido no ar”.
Para o bem da honestidade intelectual, importa deixar claras as premissas a partir das quais escrevo estas notas: se americano fosse, eu não teria saído de casa. Em primeiro lugar, advogo o voto facultativo.
Donald Trump deu um tapa na cara de todo mundo. Até ontem, muitas pesquisas e análises apontavam o grande favoritismo de Hillary Clinton. Mas ele venceu.