À certa altura do documentário “Pobreza S.A.” o vocalista Bono Vox afirma que o livre mercado faz mais para tirar as pessoas da pobreza do que a ajuda humanitária. No entanto, continua Bono, “precisamos ajudar cada vez mais”. Essa contradição está no centro daquilo que o filme produzido pelo think tank Acton Institute chama de “indústria da pobreza”.
Se desde meados do século XIX paira uma suspeita sobre o papel da filosofia como intérprete do mundo, haveria então lugar para ela no debate público acerca da vida e dos problemas cotidianos? Se sim, qual? De que modo?
A forma mais simples e direta de defesa da legitimidade das invasões de instituições de ensino atualmente em curso no Brasil apela ao fato dos prédios invadidos serem públicos, pelo que, aparentemente, se entende que são prédios disponíveis para uso por parte de quem quer que faça parte do público.
As expressões populares, sabemos bem, carregam muita sabedoria, seja na sua capacidade de síntese, seja na sua força em dizer o que não pode ser dito.
Contra o que protestam os alunos que invadem escolas em diversos estados do país?
William Golding, no clássico O Senhor das Moscas, nos ensinou uma lição importante e inesquecível sobre a natureza das crianças e, consequentemente, sobre os seres humanos: “que engraçado é achar que a Besta é algo que podem caçar e matar”.
O envolvimento de Gustavo Küerten em qualquer evento é garantia de interesse do público e da mobilização da opinião dos brasileiros. Uma das características de um ídolo é que o povo, em maior ou menor grau, enxerga nela um pouco de si mesmo.
Muitos hoje pensam implicitamente e explicitamente que o objetivo do estado é o bem comum, a vontade geral; que a política seja a nobre arte do compromise, da acomodação, e que a classe política representa o povo.
Na última edição do Ciclo de Conferências Artepensamento, o professor e escritor Jean-Pierre Dupuy realizou a seguinte palestra sobre os vícios do economicismo contemporâneo.