Reflexão

LiteraturaReflexão

A tradução como mapa do mundo e como reconhecimento do outro

“A língua é muito mais do que o veículo de uma expressão articulada de signos — é o lugar do pensamento e do imaginário, no qual concebemos e guardamos todos aqueles bens culturais, simbólicos e afetivos dos quais lançamos mão para compreendermos ao mundo, a nós mesmos e ao outro.” Por Márcio Scheel, um ensaio sobre a tradução; sobre pensar a língua.

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Reflexão

A estrutura do negacionismo

“Negacionismo é antes de tudo uma atitude, um modo de agir no mundo a partir do qual a negação é apenas uma de suas formas de manifestação. não é atitude passiva, mas parte de uma posição ativa, que postula realidades de mundo numa agenda que pouco tem de defensiva. Estruturalmente, o objeto da negação não são os fatos, não é isso o que está em jogo. Antes, nega-se o próprio enunciador daquilo que se nega.” Por Rodrigo Toniol, um ensaio sobre a estrutura do negacionismo enquanto disposição ativa de recusa da alteridade.

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PolíticaReflexão

Deus ex machina

De tanto procurar por Deus, sempre encontramos algum profeta. “Para cada ação, há uma pregação. Para cada fracasso, uma conspiração. Para cada heresia, uma punição.” Ao fim do dia, porém, o rei está nu e o milagre é uma eterna promessa. Será então que nossos suplícios são temporários ou temos um futuro enclausurado pelo passado? Deus ex machina, por Roger Laureano.

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PolíticaReflexão

Lições para um chamado da liberdade

Em tempos de populismo iliberal, antipluralista e autoritário, “a defesa da democracia liberal exige o exercício concreto de seus princípios: a capacidade reflexiva, a consciência de que nossa tribo está sempre longe da perfeição, a coexistência pacífica, o amor à diversidade humana.” Por Mano Ferreira, uma (auto)crítica liberal — e as lições para um chamado da liberdade.

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ReflexãoSociedade

A branquitude se visibiliza

“O negro nasce e se descobre em um mundo velho e desgastado pela escravidão. O branco nasce em um mundo sempre novo e promissor; quando descobre a realidade do racismo, tem o privilégio de escolher lutar contra ele (e receber as honrarias de um herói) ou se abster de um problema que, afinal, não lhe diz respeito.
Assim, em nossa realidade, as duas identidades — branca e negra — fecham-se nos dois lados de um símbolo — o universal e o particular, o incondicionado e o condicionado.” Por Adriano Moraes Migliavacca, uma proposta de reflexão sobre o conceito de branquitude.

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FilosofiaReflexão

Miserável mundo novo: Conservadores, uni-vos!

“Acompanhando vozes de natureza conservadora, este texto é um tímido manifesto conservador. Um manifesto que rejeita a antecipação de um mundo, um mundo que alguns tentam normalizar diante dos desafios da pandemia causada pela Covid-19. Não há que se normalizar circunstâncias que nos entristecem e constrangem nosso bem-estar.” Para Celina Brod, “a expressão ‘o novo normal’, que tem sido usada sem pudor, é um equívoco de mau gosto. Mesmo que todos estejam entretidos com suas gerigonças, é preciso manter o empenho na restituição do velho normal. O novo, há que se insistir nisso, é anormal.”

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ArtesReflexão

“A Italiana” de Van Gogh e Mozart no Brasil de D. João VI: Reflexões sobre a mediocridade

“O regente Nikolaus Harnoncourt, falecido em 2016, teria dito que as obras medíocres dos compositores geniais merecem muito mais atenção que as obras geniais de compositores medíocres. Explorar o dilema de Harnoncourt nos conduz a certas curiosidades históricas que terminam em boas descobertas artísticas.” A partir de um tropeço de Van Gogh, e de uma faísca divina de Sigismund Neukomm, algumas reflexões de André Chermont de Lima sobre criações medíocres de artistas geniais e criações geniais de artistas medíocres.

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