Quando perdemos uma pessoa corremos para as recordações materiais e imateriais que guardamos dela. Buscamos na memória os instantes que vivemos com ela ou reabrimos álbuns de fotos para folhear uma a uma. Fitamos as fotos, vidrados, entre perplexos e angustiados, como se quiséssemos propositalmente sofrer.
No Brasil, pelo fato de que a imensa parte das discussões importantes ainda está por ser feita, mas também porque, sobretudo em tempos acalorados como os atuais, tentar imprimir um pouco de clareza de pensamento às questões é uma virtude.
Cunha preso. Garotinho preso. Cabral preso. Renan acuado, articulando para aprovar com urgência no Senado as mudanças que a Câmara impôs às dez medidas contra a corrupção.
O Brasil levantou da cama na última terca-feira em estado de choque, com a notícia da queda do avião na Colômbia, rumo a Medellín. Aliás, não só o país: o mundo ficou tocado pela tragédia do voo que transportava a delegação da Associação Chapecoense de Futebol.
No filme Footnote de Joseph Cedar aprendemos que um sábio só não pode invejar duas pessoas: seu filho e seu aluno. Essa proibição tortura um frustrado estudioso que vê seu filho despontar como intelectual popular.
Como era previsto, a morte do ditador cubano Fidel Castro desencadeou entre intelectuais profissionais uma série de malabarismos retóricos para justificar, ou, ao menos, desculpar as violações de direitos humanos sob seu governo.
A morte do ditador cubano Fidel Castro serviu como peculiar teste para as convicções democráticas daqueles que ainda se reivindicam de esquerda no Brasil.
“Entre Dom Quixote e o pequeno burguês vitimado pela publicidade, a distância não é tão grande quanto o romantismo gostaria que acreditássemos”, diz René Girard no primeiro capítulo de Mentira Romântica e Verdade Romanesca.
No dia nove de novembro de 2016, despertamos com Donald Trump eleito presidente dos Estados Unidos. Não bastasse a gravidade dessa notícia, as reações individuais ao resultado das eleições norte-americanas deixaram muito a desejar.