Literatura

Poesia em Casa – A arte de indicar

Nos últimos anos, tenho lido basicamente poesia. Sinto que perco, progressivamente, por este hábito, a habilidade de ler romances, que me parecem aborrecidos e lentos, uma espécie de grande atacado onde é preciso muito garimpar para achar um bom produto.

A mímese e a mensagem

“Entre Dom Quixote e o pequeno burguês vitimado pela publicidade, a distância não é tão grande quanto o romantismo gostaria que acreditássemos”, diz René Girard no primeiro capítulo de Mentira Romântica e Verdade Romanesca.

Poesia em Casa – Fidelidade

Em seu discurso ao receber o Nobel de Literatura em 1995, o poeta irlandês Seamus Heaney tocou num ponto que me parece essencial para a compreensão da experiência lírica: um poema é uma maneira de perceber o estar no mundo a partir de uma visão que é, ao mesmo tempo, estrangeira e particular.

Poesia em Casa – A confraria

Um importante historiador aqui de Porto Alegre, Voltaire Schilling, também um leitor feroz, me disse, certa feita, "os leitores são uma espécie de confraria mundial..."

Eu luto pela cultura do conto

O conto – assim como as opiniões nuançadas, as amizades apartidárias, a lógica aristotélica, o uso da vírgula no vocativo... – é uma das vítimas levianamente sacrificadas em certos altares do gosto contemporâneo.

A música sem notas da poesia grega

Quando manifestei em uma rede social meu desgosto com o prêmio Nobel de Literatura dado a Bob Dylan, um amigo americano, que me sabe classicista, comentou: “Se os antigos gregos não distinguiam música de poesia, por que nós deveríamos?”