Literatura

Se é que existe literatura “nacional”

É forte a tentação de pensar que, como algo está na origem, sua presença afetaria tudo o que veio depois, como um traço congênito. Sem avaliar essa presunção, é fácil observar que, em programas literários subsequentes, o argumento de José de Alencar foi repetido: a literatura que se atacava não estaria à altura do Brasil.

150 Anos da morte de Charles Baudelaire (1821-1867)

Uma arte que imita; uma arte que ensina; uma arte que educa; eis a tripla recusa da estética de Baudelaire. Em seu lugar, ele erige a sugestão como princípio da verdadeira arte. Afinal, como o mundo criado reservadamente pelo artista iria manifestar-se se não por sinais, por brechas que deixam apenas adivinhar a coesão do todo invisível para além do muro?

O Brasil excelente de Bruno Tolentino

Bruno Tolentino, poeta e ensaísta ocasional, faleceu há dez anos e poucos dias. O que ele escreveu sobre Oswald, as ideias que desenvolveu sobre o modernismo de 1922, traziam um misto de perspicácia e ingenuidade.

Para soltar os cães da guerra

Quando se fala no uso da palavra como invocação guerreira, impossível não lembrar aquela cena de Shakespeare, em que o jovem Henrique V incita as tropas inglesas à camaradagem heroica, antes da batalha de Agincourt.