Em uma chuvosa noite de verão em 1936, no plácido balneário de Key West, Flórida, meu poeta favorito levou um soco no meio da cara.
O que diferencia prosa e poesia? Feita a um grupo de estudantes universitários, em uma prestigiosa universidade, a pergunta gerou hesitação.
Confira as 14 Estações na íntegra no Grande Teatro do Mundo.
Perder a fé na humanidade é fácil. Não temo dizer que isso aconteça ainda na primeira infância, quando percebemos que a maldade não precisa de pretextos, ou quem sabe um pouco depois, quando reconhecemos os pretextos de que ela se vale.
Antes de seu ostracismo do debate público, a confissão de fé na catolicidade de uma comunidade resguardava a crença na unidade da raça humana e na universalidade de determinados valores.
Vencer a invisibilidade do ser e estar no mundo, eis o desafio do poeta.
Então você sabe que está numa livraria. Por fruto da chance. Paralelo ao Passeig de Gràcia, no Carrer de Pau Claris, fica a Laie, com sua quase obsoleta crença de que um negócio como este se faz com livros.
Se é certo que Boécio, em meio a torturas e esperando sua execução, expulsou logo de início as Musas e tomou para seu consolo a filosofia, visto que considerava a poesia inepta para assuntos de grande monta como a morte, também é igualmente seguro dizer, como Gustavo Corção, que somente a poesia, como em Dante, é capaz de nos guiar em meio aos infernos.
O filho de uma amiga professora de botânica, a Liz – vou chamá-la assim, podia ser Susan, ou Amy, ou outro nome popular na década dela, vocês imaginam qual é – tinha medo. Ele não era comunista, certamente não árabe ou muçulmano, nem judeu, não se metia de política, mas tinha medo.