O desentendimento das culturas africanas deu origem, entre algumas assim ditas “elites intelectuais” ocidentais, a comentários infames do tipo “Mas onde está o Shakespeare africano?”, “Nunca ouvi falar de um Tolstói zulu”. O fato é que qualquer um que tenha alguma familiaridade com bens culturais da África negra sabe que estes são tudo menos erupções meramente instintivas e espontâneas.
É preciso lembrar que a homogeneidade cultural que se atribui à África é uma noção ilusória.
Ao contrário do que imaginamos, a história da escrita na África estende suas raízes até tempos bem mais remotos.
Segunda parte da análise da obra do cineasta Michelangelo Antonioni que o crítico Miguel Forlin oferece aos leitores do Estado da Arte.
O crítico nigeriano Abiola Irele, falecido recentemente, desenvolveu uma sofisticada teoria sobre o tema da oralidade: em vez de “literatura africana”, Irele chama de “imaginação africana” o âmbito literário estudado por ele.
A realidade linguística da África é de tal forma diversa – como, de resto, também o é a realidade cultural – que não há, nos dias de hoje, um idioma que possa servir de língua franca para todo o continente. Diante dessa realidade, opiniões e propostas diversas se apresentam.
Os múltiplos significados do conceito de "negritude" vistos pelas lentes de três grandes escritores: Léopold Sédar Senghor, Aimé Césaire e Wole Soyinka.