Poesia

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Tolentino 80: Memórias

“Se vivo fosse, meu amigo Bruno Tolentino chegaria aos oitent’anos, agora em novembro. O tempo passa e a gente fica nostálgico — se bem que, no meu caso, acho que nasci nostálgico. Dedico esse breve depoimento à memória do meu amigo. Que, não por acaso, é um dos mais importantes, ambiciosos e torrenciais poetas da língua portuguesa, de ontem, de hoje e (principalmente) de amanhã.” Bruno Tolentino, 80: as memórias de Érico Nogueira.

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HistóriaPoesia

Rei morto, poema posto

“O presente constantemente produz o seu passado e o seu futuro. Quando lemos uma história literária escrita no século XX, estamos lendo o século XX produzindo outros séculos como passados distintos.”

A partir de dois sonetos monarquistas escritos em português sobre a morte de Luís XVI, Caio Cesar Esteves de Souza como “passado e o futuro são nossas abstrações, frutos do nosso tempo”.

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LiteraturaPoesia

Em que o autor, de Saulo de Tarso, rapidamente briga com Ferreira Gullar

“Parecerá estranho dizê-lo ante a imagem de luminosidade sobrenatural que envolve a experiência paulina, mas Paulo tinha — por mais excêntrico que seja lembrá-lo — carne, Paulo tinha ossos que reverberassem a queda. Quem for de carne e osso, então, viverá experiência semelhante à do autor. Provavelmente recordar-se-á de ter experimentado alguma reverência ante os livros quando da infância, ou de ter intuído certa aura ao redor de lombadas.”

Um ensaio de Hugo Langone sobre “o processo universal da descoberta: o poeta terá encontrado seu Ananias, terá sua Arábia, seu Tiago e seu Pedro; mas também conhecerá a experiência luminosa e anterior do alto, o chamado de uma luz que em alguma medida o cega, que lhe parece toda independente e que ele carregará consigo e tentará reproduzir.”

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PoesiaResenha

Sobre quando Érico Nogueira esmerilou o porquinho-da-índia

‘O Esmeril de Horácio’ propõe alternativas ao modo de conceber o verso em língua portuguesa, servindo, também, de guia prático de métrica. Por Brunno V. G. Vieira, tradutor e professor de letras clássicas da Unesp, uma resenha do novo livro do Érico Nogueira sobre poesia e versificação em Horácio.

“Esse esmeril é bruto, e remete ao ofício de burilar diamantes como sugere João Batista Toledo Prado na orelha do livro. Sim, o/a leitor/a que se aventurar a seguir Érico, não se esqueça de seu jaleco ou macacão. Com algum empenho para vencer o pesado jargão, Érico nos abre sua caixa de ferramentas, seja indicando como desmonta os versos de Horácio, seja declarando como entende ser o melhor modo de carburá-los em vernáculo.”

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Poesia

Ouse saber! Tradução de Epístolas 1.2 de Horácio

Uma joia da poesia horaciana, em tradução e comentário de Rafael Frate, que nos deixa esta lição: ousemos saber, “com a parcimônia e a ponderação nela prescrita. É cada vez mais um dever de todos nós, frente aos fascistas obtusos, aos negacionistas da inteligência, aos governantes facínoras e aos falsos-filósofos nefastos que têm cada vez mais estabelecido o reino da violência e da mentira em nossa combalida república.”

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EntrevistaLiteraturaPoesia

Marco Lucchesi e Hugo Langone: dois autores em colóquio

Trazemos hoje não uma entrevista, mas uma conversa entre dois autores: Hugo Langone, nosso colaborador habitual, e Marco Lucchesi, jovem imortal da ABL — alguém que, não satisfeito em conhecer mais de vinte idiomas, criou sua própria língua. Felizmente para nós, o diálogo está em português — o português, língua imortalizada por figuras como Lucchesi e vitalizada por poetas como Hugo.

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Poesia

A Peste no De rerum natura (6.1138-286) de Lucrécio – Parte II

Damos continuidade à tradução e ao comentário do trecho sobre a peste no DRN de Lucrécio, série iniciada no mês passado aqui no Estado da Arte. Nos novos trechos apresentados, o poeta continua a descrever em detalhe os efeitos causados pela peste nos homens. Nossos comentários dão especial atenção aos recursos poéticos utilizados por Lucrécio para trazer uma vívida imagem da peste.

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LiteraturaPoesia

A Peste no De rerum natura (6.1138-286) de Lucrécio – Parte I

Vamos apresentar em pequenas partes o relato da peste que acometeu Atenas em 430 a.C., relato situado no fim do DRN – referido apenas assim daqui em diante –, que contrasta com o célebre início em que Lucrécio faz o chamado (e controverso) hino a Vênus (cf. 1.1-43). O episódio que conclui o poema (6.1138-286) será dividido em breves trechos – não há outros critérios para as separações – para que possamos comentar com algum detalhe e daí perceber a poética lucreciana. A tradução não é em verso, mas acompanha o original verso a verso.

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